AUTISMO

Sintomas de Autismo

Pessoal, então vamos falar um pouquinho sobre quais são os Sintomas de Autismo, quais são essas características e como conseguimos observar.

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Eu já tinha comentado sobre o atraso no desenvolvimento, são habilidades que a criança já deveria estar fazendo e ela acaba não fazendo. O pouco contato visual ou a ausência total dele é um dos principais que percebemos.

São crianças que quando estão ali com alguém adulto ou alguma outra criança, acabam não olhando nos olhos, não tendo essa interação.

Nós conseguimos ver isso em bebês de seis meses. Já começam com sinais quando eles estão mamando e acabam não olhando para mamãe no momento da amamentação, então isso já acaba sendo um alerta.

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Existem muitos sintomas diferentes associados ao autismo e o espectro autista é muito amplo, o que significa que os sintomas variam de pessoa para pessoa.

Em geral, os sintomas do autismo se enquadram em duas categorias principais: dificuldades de comunicação e interação social e comportamentos repetitivos e interesses restritos.

Vamos explorar um pouco mais os sintomas que estão associados ao autismo infantil e adulto.

É fundamental ter um conhecimento prévio sobre os diferentes sintomas do autismo, a fim de identificar de forma mais precisa qual a melhor abordagem para solucioná-los.

1 – Sintomas de Autismo – Dificuldades de Comunicação e Interação Social

Atraso na fala

Outra coisa acaba sendo o atraso na fala, que é o que os pais mais observam, quando a criança já deveria estar falando as primeiras palavras e ela não está falando.

Então acaba sendo uma coisa muito mais fácil de perceber e que normalmente acaba sendo que os pais levam para o pediatra, para falar que meu filho ainda não fala e aí acende já o alerta de que pode ser alguma coisa, pode ser um atraso no desenvolvimento.

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O atraso na fala é uma das características comuns em crianças com autismo

Embora algumas crianças com autismo possam falar com fluência desde cedo, outras podem apresentar atrasos significativos na fala e na linguagem.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de 25% das crianças com autismo nunca desenvolvem habilidades de fala funcionais.

Os atrasos na fala podem ser o primeiro sinal de autismo, geralmente aparecendo antes dos 2 anos de idade.

As crianças com autismo podem ter dificuldade em aprender a falar e entender a linguagem, e podem ter problemas em usar a linguagem de forma socialmente apropriada. Elas podem falar de forma repetitiva e ter dificuldade em iniciar e manter uma conversa.

Alguns dos sinais de atraso na fala em crianças com autismo incluem:

  • Ausência de balbucio ou de tentativas de imitar sons e palavras em um ano de idade.
  • Não falar frases simples com dois anos de idade.
  • Dificuldade em seguir instruções verbais simples.
  • Não responder quando chamado pelo nome.
  • Falar com um tom monótono ou em um ritmo incomum.
  • Repetir palavras ou frases várias vezes.

Dificuldade em manter contato visual

O contato visual também é uma das dificuldades comum em autistas, isso pode gerar um desconforto enorme em situações sociais.

Existem vários fatores que podem causar essa dificuldade, como problemas de comunicação ou sensibilidade sensorial.

Às vezes, o contato visual pode ser intenso demais e sobrecarregar o autista.

No entanto, é importante lembrar que nem todos os autistas têm problemas com o contato visual. Alguns até conseguem lidar bem com isso, mas outros preferem evitar em algumas situações.

O contato visual é uma parte importante da comunicação, mas nem sempre é fácil para pessoas com autismo. Isso é como se fosse um desafio extra para elas durante uma interação social.

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É preciso respeitar as diferenças de cada pessoa e entender que a dificuldade em manter contato visual não é algo que pode ser facilmente controlado. É uma característica do autismo e não uma escolha pessoal.

Então, se você conhece alguém com autismo que tem dificuldade em manter contato visual, não se preocupe.

Tente encontrar outras maneiras de se comunicar e interagir com essa pessoa. O importante é respeitar e entender as diferenças.

Dificuldade em iniciar ou manter conversas com os outros

Para pessoas no espectro autista, pode ser desafiador iniciar e manter conversas com os outros. Isso ocorre porque o autismo pode afetar a comunicação social e as habilidades de interação social.

Algumas dicas para ajudar a superar essa dificuldade incluem: Praticar habilidades de comunicação social: isso pode incluir aprender sobre linguagem corporal, tom de voz e expressões faciais, e praticar essas habilidades em situações da vida real.

Encontrar um interesse comum: ter um interesse em comum com alguém pode ajudar a iniciar e manter uma conversa.

Planejar antecipadamente: pode ser útil ter algumas ideias de tópicos de conversa prontas, especialmente se você estiver nervoso ou ansioso.

Usar tecnologia: as pessoas com autismo podem se sentir mais confortáveis ​​usando tecnologia para se comunicar, como enviar mensagens de texto ou e-mails.

Usar tecnologia: as pessoas com autismo podem se sentir mais confortáveis ​​usando tecnologia para se comunicar, como enviar mensagens de texto ou e-mails.

Buscar terapia: um terapeuta pode ajudar a desenvolver habilidades de comunicação social e a lidar com a ansiedade social.

Lembre-se de que não há nada de errado em ter dificuldades em iniciar ou manter conversas. É importante ser gentil consigo mesmo e trabalhar no seu próprio ritmo.

Dificuldade em compreender as expressões faciais e linguagem corporal

Entre as dificuldades encontradas pelos autistas está a de compreender as expressões faciais e linguagem corporal. Essa dificuldade pode gerar situações constrangedoras e de isolamento social.

As pessoas com autismo geralmente têm dificuldades em perceber e interpretar as expressões faciais, o tom de voz e a linguagem corporal das pessoas ao seu redor. Isso ocorre porque o autismo afeta o processamento sensorial e a capacidade de perceber e interpretar informações sociais sutis.

Em muitos casos, essa dificuldade em compreender as expressões faciais e a linguagem corporal pode levar a mal-entendidos e situações embaraçosas.

Por exemplo, um autista pode não perceber que alguém está sendo sarcástico ou pode interpretar uma expressão facial de maneira diferente da intenção original.

É importante lembrar que a dificuldade em compreender as expressões faciais e a linguagem corporal não significa falta de emoções ou empatia. Autistas podem sentir e expressar emoções de maneiras diferentes, o que pode levar a mal-entendidos e problemas de comunicação.

Existem estratégias que podem ajudar as pessoas com autismo a compreender melhor as expressões faciais e a linguagem corporal. Uma delas é o treinamento em habilidades sociais, que pode ajudar os autistas a aprender a interpretar as expressões faciais e linguagem corporal em situações sociais específicas.

Outra estratégia é o uso de tecnologias assistivas, como aplicativos que mostram imagens de expressões faciais e ajudam a identificar emoções e sentimentos. Essas ferramentas podem ser úteis para ajudar as pessoas com autismo a se comunicar melhor e se conectar com os outros.

Também é importante lembrar que as pessoas ao redor de indivíduos com autismo podem desempenhar um papel importante em ajudá-los a compreender as expressões faciais e a linguagem corporal. Isso inclui amigos, familiares, professores e terapeutas, que podem oferecer suporte emocional e incentivar o desenvolvimento de habilidades sociais.

Dificuldade em compreender as emoções dos outros e expressar suas próprias emoções

Compreender as emoções dos outros e expressar as próprias emoções pode ser um desafio para pessoas no espectro autista. Essa dificuldade pode afetar a capacidade de fazer conexões sociais significativas e pode ser estressante para os indivíduos autistas e para as pessoas ao seu redor.

A capacidade de entender as emoções dos outros é crucial para a interação social. Para pessoas autistas, sinais sociais como expressões faciais e tom de voz podem ser confusos e difíceis de interpretar. Isso pode levar a mal-entendidos e a situações sociais desconfortáveis.

Além disso, a expressão de emoções próprias pode ser um desafio para pessoas autistas. Pode ser difícil para elas encontrar as palavras certas para descrever seus sentimentos e expressá-los de maneira clara e adequada.

Como resultado, pode ser difícil para os outros entenderem o que elas estão sentindo.

Algumas pessoas autistas preferem se expressar por escrito, já que isso lhes dá mais tempo para organizar seus pensamentos e encontrar as palavras certas. Outras podem achar útil usar imagens ou desenhos para representar suas emoções.

Embora a empatia possa ser difícil para pessoas autistas, ela pode ser aprendida e desenvolvida com o tempo.

A prática da comunicação clara e direta pode ajudar a melhorar a compreensão emocional, tanto das emoções dos outros quanto das próprias emoções.

E, como em todas as habilidades sociais, a prática pode ajudar a melhorar a capacidade de entender e expressar emoções.

Dificuldade em entender as nuances da linguagem e do humor

Pessoas no espectro autista geralmente têm dificuldades em entender as nuances da linguagem e do humor. Isso acontece porque a linguagem e o humor são complexos e muitas vezes dependem de sutilezas contextuais e não-verbais, o que pode dificultar a interpretação para essas pessoas.

Uma das principais dificuldades é que pessoas autistas tendem a interpretar a linguagem de forma muito literal, o que pode gerar mal-entendidos. Expressões como “quebrar o gelo” ou “dar um tapinha nas costas” podem ser confusas para uma pessoa autista, que pode levar as expressões ao pé da letra e tentar quebrar um bloco de gelo ou bater literalmente nas costas de alguém.

Além disso, o humor pode ser difícil de entender e apreciar para muitas pessoas autistas. Isso acontece porque frequentemente se baseia em piadas, ironia ou sarcasmo, que essas pessoas interpretam de forma literal e têm dificuldade em entender. Por isso, pode haver uma falta de senso de humor entre as pessoas autistas.

Mas é importante lembrar que nem todas as pessoas autistas têm dificuldade em entender a linguagem e o humor. Algumas têm talento especial para a linguagem e para a piada, mas isso varia de pessoa para pessoa.

Para lidar com essas dificuldades, é importante falar com as pessoas autistas de maneira clara e direta, sem usar linguagem figurada ou jargão.

Dessa forma, isso ajuda a evitar mal-entendidos e permite que elas compreendam melhor o que está sendo comunicado.

Também é importante reconhecer que pessoas autistas podem ter um senso de humor diferente e único. Elas podem achar engraçado coisas que outras pessoas não acham, e isso é perfeitamente normal.

Reconhecer e apreciar o senso de humor de uma pessoa autista pode ajudar a construir relacionamentos mais fortes e significativos.

2 – Sintomas de Autismo – Inabilidade Social

Repetição de Palavras ou Frases Fora de Contexto

Esse comportamento, conhecido como ecolalia, inclui a repetição de palavras, frases ou trechos de conversas ou programas de TV.

Algumas pessoas com TEA utilizam a ecolalia como forma de comunicação, especialmente quando têm dificuldade em expressar seus pensamentos ou sentimentos.

Outras repetem palavras ou frases como forma de se autoestimular ou lidar com a ansiedade.

A ecolalia pode mudar ao longo do tempo. Alguns indivíduos podem deixar de usá-la conforme desenvolvem suas habilidades de comunicação, enquanto outros podem continuar a usá-la para lidar com a ansiedade.

A ecolalia pode ser desafiadora para pais, cuidadores e professores, mas é importante lembrar que faz parte do espectro autista e não deve ser ignorada ou reprimida.

É essencial encorajar as pessoas com TEA a se comunicarem de outras maneiras, como através de gestos ou dispositivos de comunicação assistiva.

Cada indivíduo com TEA é único, e alguns não apresentam a ecolalia como um comportamento.

É fundamental buscar orientação profissional para entender as necessidades e comportamentos específicos de cada pessoa com TEA.

Interesses intensos em assuntos específicos

Esse comportamento é conhecido como “fixação”.

A fixação pode se manifestar como um interesse obsessivo em objetos, temas, tópicos ou atividades repetitivas.

Portanto isso é uma fonte de conforto e segurança para a pessoa com TEA.

No entanto, a fixação também pode limitar sua capacidade de se envolver em outras atividades ou interesses.

Pais, cuidadores e professores devem encontrar maneiras de incluir esses interesses na vida diária.

Os interesses também podem ser usados como uma ferramenta para ajudar a pessoa com TEA a se envolver em atividades sociais ou educacionais.

Por exemplo, se a pessoa tem interesse em dinossauros, pode participar de um grupo de estudo sobre dinossauros.

Em resumo, a fixação é comum em indivíduos com TEA. É importante aceitar e apoiar seus interesses, enquanto se trabalha para expandir seus horizontes e oportunidades.

Adesão rígida às rotinas ou rituais específicos

Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) geralmente têm uma adesão rígida a rotinas ou rituais específicos.

Isso pode ser um apego excessivo a rotinas diárias ou rituais específicos.

Essa adesão rígida pode fornecer conforto e segurança para as pessoas com TEA, mas também pode limitar sua capacidade de se adaptar a novas situações ou de interagir com outras pessoas.

É importante oferecer estrutura e rotina, mas também permitir alguma flexibilidade para a pessoa com TEA. Mudanças na rotina podem ser desafiadoras e levar a comportamentos disruptivos.

É necessário dar tempo para a pessoa se ajustar e oferecer suporte durante a transição.

Além disso, a técnica de programação visual ajuda pessoas com TEA a lidar com a adesão rígida à rotina. É possível criar um quadro ou usar um aplicativo para mostrar as atividades do dia.

Isso ajuda a entender mudanças na rotina, reduzindo ansiedade e estresse. A programação visual também desenvolve habilidades de comunicação e organização.

Em resumo, a adesão rígida à rotina é comum em indivíduos com TEA. Equilibrar a necessidade de estrutura e rotina com a flexibilidade é essencial para garantir que a pessoa com TEA possa se adaptar a novas situações.

Movimentos corporais repetitivos

Atualmente, especialistas chamam esses movimentos de estereotipias ou comportamentos autísticos.

As estereotipias podem incluir movimentos como balançar o corpo, bater as mãos, girar objetos ou balançar a cabeça. Esses comportamentos são repetitivos e aparentemente sem propósito.

As estereotipias podem ser uma forma de autoestimulação ou um mecanismo para lidar com a ansiedade.

No entanto, é importante lembrar que esses comportamentos são parte do autismo e não devem ser punidos.

Os pais, cuidadores e professores devem ajudar a pessoa com TEA a lidar com a ansiedade de maneira mais eficaz.

É importante entender o que pode estar causando os comportamentos e encontrar estratégias de substituição de comportamento, se necessário.

Alguns comportamentos podem ser prejudiciais à saúde ou à segurança da pessoa, por exemplo, como bater a cabeça ou morder.

Nesses casos, deve-se buscar orientação médica e trabalhar com um terapeuta para desenvolver estratégias de substituição de comportamento.

Sensibilidade sensorial

O autista tem sensibilidade sensorial incomum. Consequentemente, suas respostas aos estímulos do ambiente podem ser diferentes das pessoas sem autismo.

Além disso, algumas pessoas com TEA são hipersensíveis a estímulos sensoriais, como som, luz, tato e cheiro, enquanto outras são hipossensíveis e precisam de mais estímulos para sentir.

É importante destacar que essa sensibilidade sensorial pode impactar significativamente a vida diária de uma pessoa com TEA.

Por exemplo, pode afetar suas rotinas diárias, escolhas alimentares e sociais, entre outras coisas.

Por exemplo, uma pessoa com autismo pode evitar um local movimentado devido à sobrecarga sensorial.

É importante entender as necessidades individuais e fornecer o suporte necessário, porém, muitas vezes essas necessidades podem ser específicas e variadas.

Dessa forma, é fundamental considerar algumas medidas, tais como o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído, roupas com texturas específicas ou evitar ambientes barulhentos.

Somente assim, será possível respeitar a sensibilidade sensorial das pessoas com TEA, promovendo um ambiente acolhedor e inclusivo para todos.

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