AUTISMO

Causas do autismo

Muitas pessoas perguntam se é possível prever o autismo em seus filhos ou evitá-lo. Infelizmente, não há maneira de evitar completamente, já que mais de 90% das causas do autismo são genéticas.

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Se alguém na família já tem autismo, as chances de um filho ter também são maiores.

Quando um dos pais é autista, há uma maior probabilidade de transmitir o gene autista para a criança.

Alguns fatores externos, como respirar um ar muito poluído ou ter diabetes gestacional, podem influenciar a predisposição genética da criança para o autismo.

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No entanto, é importante lembrar que essa pré-disposição genética deve estar presente para que o autismo se desenvolva.

Além disso, a idade materna e paterna mais avançada pode afetar os genes da criança e aumentar a chance de ela desenvolver autismo.

Quando já se tem um filho com autismo, as chances de que outro filho nasça com a condição aumentam em 20% a 30%.

Vamos ver alguns fatores que contribuem para essas causas:

Genética

O autismo é uma condição que pode ser causada por fatores genéticos. Estudos mostram que existem várias alterações genéticas associadas ao autismo, incluindo mutações raras e variações em genes específicos. Isso pode afetar o desenvolvimento cerebral e o comportamento social.

Também se sabe que o autismo tende a ocorrer em famílias, o que sugere que pode haver uma predisposição genética para a condição.

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Estudos de gêmeos indicam que a hereditariedade pode desempenhar um papel importante no autismo.

Se um dos gêmeos tiver a condição, há uma maior chance do outro também ter.

No entanto, não é só a genética que influencia o autismo. A exposição a toxinas e infecções durante a gestação pode aumentar o risco de desenvolvimento da condição.

A interação entre fatores genéticos e ambientais também pode influenciar o desenvolvimento da condição.

Em resumo, a genética é um fator importante na causa do autismo, mas não é o único. A tendência de ocorrer em famílias e os estudos de gêmeos também sugerem uma predisposição genética para o autismo.

Mas fatores ambientais também podem influenciar o desenvolvimento da condição e mais pesquisas são necessárias para entender completamente a causa do autismo.

Fatores ambientais

O autismo é uma condição complexa que afeta a capacidade de comunicação e interação social das pessoas. Embora a causa exata do autismo ainda seja desconhecida, estudos sugerem que fatores ambientais podem desempenhar um papel importante no seu desenvolvimento.

A exposição a agentes tóxicos, como metais pesados, pesticidas e poluentes, é um fator ambiental que contribui para o autismo.

Deficiências nutricionais e exposição a infecções também aumentam o risco de autismo, especialmente durante a gravidez.

Outro fator ambiental que pode desempenhar um papel no autismo é a exposição a campos eletromagnéticos. Isso pode afetar a produção de melatonina, um hormônio que regula o sono, e interferir no desenvolvimento cerebral.

É importante destacar que muitos fatores ambientais podem estar inter-relacionados no desenvolvimento do autismo.

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Por exemplo, a exposição a agentes tóxicos pode afetar a absorção de nutrientes, e a deficiência nutricional pode aumentar a suscetibilidade a infecções.

Em resumo, embora a causa exata do autismo ainda seja desconhecida, fatores ambientais como exposição a agentes tóxicos, deficiências nutricionais, infecções durante a gravidez e exposição a campos eletromagnéticos podem aumentar o risco de autismo.

É importante continuar a pesquisar esses fatores para entender melhor como prevenir e tratar o autismo.

Anormalidades cerebrais

Uma das possíveis causas do autismo são as anormalidades cerebrais. Estudos mostram que crianças com autismo possuem áreas do cérebro com tamanho diferente do esperado.

Pessoas com autismo apresentam conexões cerebrais diferentes daquelas observadas em indivíduos sem o transtorno, o que pode afetar o processamento de informações sensoriais e a habilidade de se comunicar e interagir socialmente. Além disso, as anormalidades cerebrais são responsáveis por essas diferenças.

Ainda não se sabe ao certo como essas anormalidades cerebrais surgem no autismo, mas pesquisas indicam que fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos.

Estudos também sugerem que a plasticidade cerebral, ou seja, a capacidade do cérebro de se adaptar às mudanças, pode ser diferente em indivíduos com autismo.

Porém, é importante destacar que nem todas as pessoas com autismo apresentam as mesmas anormalidades cerebrais. Cada indivíduo é único e pode ter um perfil cerebral diferente.

Por isso, o diagnóstico do autismo é baseado em critérios comportamentais e não em exames de imagem cerebral.

Apesar de ainda não ser possível curar o autismo, a compreensão das possíveis causas do transtorno pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias e intervenções.

É fundamental investir em pesquisas para entender melhor as anormalidades cerebrais presentes no autismo e buscar formas de minimizar seus impactos na vida das pessoas afetadas.

Problemas durante o parto

Recentemente, tem experimentado um interesse crescente em investigar se certos eventos durante o parto podem estar relacionados ao risco de desenvolvimento de autismo.

Em particular, alguns estudos sugerem que problemas no parto, como complicações durante o trabalho de parto, cesariana de emergência e sofrimento fetal, podem aumentar o risco de autismo.

Uma das principais teorias por trás dessa associação é que o estresse fetal durante o parto pode levar a lesões cutâneas e alterações no desenvolvimento nervoso que podem contribuir para o autismo.

Por exemplo, a hipóxia, que ocorre quando o bebê não recebe oxigênio suficiente durante o parto, pode causar danos às células aéreas e aumentar o risco de autismo.

No entanto, é importante notar que a maioria das crianças que experimentam problemas durante o parto não desenvolve autismo. Além disso, muitos casos de autismo não estão associados a problemas no parto.

Portanto, é provável que haja uma interação entre vários fatores genéticos e ambientais que originaram o desenvolvimento do autismo.

Problemas no parto podem aumentar o risco de autismo, mas fatores genéticos e ambientais também ocorreram. Mais pesquisas são necessárias para entender a relação e desenvolver estratégias eficazes.

Imunidade

Não há evidências científicas que comprovem que a imunidade seja uma das causas do autismo. Na verdade, a origem do transtorno do espectro autista (TEA) é complexa e ainda não completamente compreendida.

Embora o sistema imunológico possa estar envolvido em algumas pessoas com TEA, isso não significa que a imunidade seja a causa da condição.

Alguns estudos sugerem que certas condições autoimunes em mães, como diabetes tipo 1, lúpus ou esclerose múltipla, podem aumentar o risco de ter um filho com TEA. No entanto, isso não indica uma relação de causa e efeito.

Ainda assim, a pesquisa continua a explorar a possibilidade de uma conexão entre a imunidade e o autismo. Algumas teorias sugerem que a inflamação do cérebro pode estar envolvida no desenvolvimento do autismo.

Outros estudos examinaram os efeitos de certas complicações ou inflamações durante a gravidez ou na infância e seu possível impacto no desenvolvimento do cérebro.

No entanto, é importante enfatizar que essas teorias ainda estão em fase de estudo e que nenhuma conclusão sólida foi alcançada.

É fundamental que as pessoas não se cansem de pensar precipitadas sobre a causa do autismo, uma vez que pode haver vários fatores envolvidos na origem do transtorno.

TEA não tem relação causal com imunidade, apesar de algumas pessoas com autismo possuírem uma imunidade diferenciada.

Distúrbios metabólicos

Existem diversas teorias sobre as causas do autismo, e distúrbios metabólicos são apenas uma delas. No entanto, há evidências de que sugerem que algumas disfunções metabólicas podem estar associadas ao desenvolvimento do autismo em alguns indivíduos.

Por exemplo, alguns estudos têm demonstrado que crianças com autismo apresentam níveis mais elevados de certos metabólitos (produtos químicos resultantes do metabolismo) no sangue e na urina, em comparação com crianças neuro típicas.

Alguns desses metabólitos estão relacionados ao metabolismo de aminoácidos, gorduras e neurotransmissores.

Além disso, também foram encontradas alterações no funcionamento de certas enzimas envolvidas no metabolismo em indivíduos com autismo.

Por exemplo, foi relatado que algumas crianças com autismo têm deficiência na atividade da enzima metilentetrahidrofolato redutase (MTHFR), que está relacionada ao metabolismo da homocisteína e do folato.

No entanto, é importante ressaltar que ainda não está claro se essas disfunções metabólicas são causas diretas ou indiretas do autismo.

Alguns pesquisadores argumentam que essas disfunções podem ser consequências da condição, em vez de suas causas.

Além disso, nem todas as pessoas com autismo apresentam distúrbios metabólicos, o que sugere que o quadro autista é BASTANTE complexo e multifatorial.

Problemas de comunicação entre células cerebrais

O autismo é uma condição neurológica que afeta a capacidade de uma pessoa interagir socialmente e se comunicar.

Embora a causa exata do autismo não seja completamente compreendida, muitas pesquisas apontam para problemas de comunicação entre as células aéreas como uma possível causa.

O cérebro é composto de neurônios de células chamadas neurônios que se comunicam entre si através de conexões chamadas sinapses. Essas sinapses transmitem informações entre os neurônios, permitindo que o cérebro processe informações e controle as funções do corpo.

Em pessoas com autismo, há evidências de que as sinapses podem não funcionar corretamente. Isso pode levar a problemas de comunicação entre os neurônios, afetando a maneira como o cérebro processa e responde aos estímulos do ambiente.

Pesquisas apreciam que certos genes envolvidos na formação e função das sinapses podem estar envolvidos no desenvolvimento do autismo.

Além disso, estudos de imagem cerebral mostraram diferenças na atividade cerebral em áreas envolvidas na comunicação e processamento social em pessoas com autismo.

Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, essas descobertas sugerem que problemas de comunicação entre as células aéreas podem ser uma das causas subjacentes ao autismo.

Isso pode levar à novas abordagens de tratamento e intervenção que se concentrem em melhorar a comunicação entre as células aéreas em pessoas com autismo.

Predisposição genética

A predisposição genética é uma das principais causas do autismo. Embora não se conheça a causa exata do autismo, muitas pesquisas sugerem que a predisposição genética é um fator importante.

Um estudo publicado em 2019 no periódico científico Nature Genetics analisou mais de 37.000 amostras de DNA de pessoas com autismo e seus familiares.

Nesse estudo, foram identificados mais de 100 genes associados ao autismo. Esses genes podem afetar o desenvolvimento do cérebro durante a gestação e nos primeiros anos de vida.

Outro estudo publicado em 2020 na revista científica Cell descobriu que mutações em um único gene, chamado CHD8, aumentam significativamente o risco de autismo.

A mutação no gene CHD8 afeta o desenvolvimento cerebral em uma etapa crítica durante a gestação, causando alterações na estrutura e função do cérebro que podem levar ao autismo.

Estudos com gêmeos também forneceram evidências da predisposição genética do autismo. Se um dos gêmeos idênticos tem autismo, há uma probabilidade significativamente maior de o outro também desenvolver o transtorno.

No entanto, mesmo em gêmeos idênticos, a taxa de concordância do autismo não é de 100%, sugerindo que fatores ambientais também podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento do autismo.

Além disso, outros estudos identificaram mutações em outros genes associados ao autismo, como o gene SHANK3, que está envolvido na comunicação entre as células cerebrais, e o gene NLGN3, que está envolvido na formação de sinapses cerebrais.

Alterações hormonais

Acredita-se que as alterações hormonais possam estar relacionadas ao autismo. Alguns estudos sugerem que a exposição a altos níveis de hormônios sexuais durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento do cérebro fetal, resultando em mudanças no comportamento e nas habilidades sociais.

Por exemplo, mulheres grávidas com níveis elevados de testosterona e progesterona têm maior probabilidade de ter um filho com autismo.

Além disso, a exposição a baixos níveis de estrogênio durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento normal do cérebro. O estrogênio é um hormônio essencial para o desenvolvimento fetal, e sua falta pode ter consequências negativas para a formação do cérebro.

No cérebro, a oxitocina é um hormônio que desempenha um papel importante na regulação do comportamento social e emocional. Alguns estudos mostraram que pessoas com autismo têm níveis mais baixos de oxitocina do que pessoas sem autismo.

Por isso, a administração de oxitocina tem sido investigada como uma forma de melhorar as habilidades sociais em pessoas com autismo. Além disso, a melatonina é um hormônio que regula o sono e que pode estar relacionado ao autismo.

Estudos sugerem que as pessoas com autismo podem ter níveis mais baixos de melatonina do que as pessoas sem autismo, o que pode afetar o sono e, consequentemente, o comportamento e o desenvolvimento cognitivo.

No entanto, é importante lembrar que o autismo é uma condição complexa e multifacetada, e que sua causa exata ainda não é conhecida.

A pesquisa continua explorando os múltiplos fatores genéticos e ambientais envolvidos no desenvolvimento do autismo, com o objetivo de melhorar a compreensão da condição e desenvolver novas terapias e tratamentos.

Fatores psicológicos

Os pesquisadores investigaram possíveis causas psicológicas do autismo e propuseram algumas teorias. Uma delas sugere que o estresse materno durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento cerebral fetal, aumentando o risco de autismo.

No entanto, há inconsistências nos resultados dessa pesquisa, o que torna essa teoria incerta.

Outra teoria propõe que um ambiente emocionalmente frio e insensível na infância pode levar a dificuldades na interação social e na empatia. Entretanto, essa teoria é controversa e não tem evidências consistentes que a suportem.

Pesquisas também foram realizadas sobre problemas de vinculação na primeira infância, experiências traumáticas e deficiências emocionais ou cognitivas dos pais como possíveis causas do autismo.

Mas, mais uma vez, os resultados são inconclusivos, o que torna difícil afirmar com segurança a influência desses fatores no desenvolvimento do autismo.

Em resumo, embora a psicologia tenha sido proposta como uma possível causa do autismo, a evidência atual é insuficiente e inconsistente para apoiar essas teorias.

É mais provável que o autismo seja uma condição complexa com múltiplas causas.

Por isso, é necessária mais pesquisa para entender melhor o autismo e desenvolver tratamentos eficazes para ajudar as pessoas afetadas por essa condição.

Comportamento dos pais

O autismo é causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Os pais não têm culpa pela condição dos filhos.

Porém, muitos pais se culpam, o que pode causar tristeza e ansiedade. Eles precisam de informação e apoio emocional para lidar com a condição dos filhos.

É importante que os pais ajudem seus filhos a desenvolver habilidades sociais e de comunicação, além de promover sua independência e inclusão na sociedade. Cada pessoa com autismo é única e tem suas próprias necessidades e desafios.

Os pais não devem buscar uma solução rápida, mas sim apoiar seus filhos em seu desenvolvimento e inclusão.

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